Tramas de um olhar sensível entre o design, a arquitetura e a moda
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630222018137Resumo
Este artigo analisa filosoficamente a moda como maneira de expressar sentimentos, ideias e conceitos diluídos na arquitetura e no design. Discorremos sobre uma narrativa em que o corpo serve como protótipo para permitir que se experimentem diferentes escalas de projetos espaciais de distintas dimensões. Descrevemos características filosóficas do processo criativo, tomado como um processo existencial, que propõe um olhar sensível à compreensão de que há um ponto de intersecção no nível da manifestação de sentimentos ou ideias do sujeito, em que memória e sensações dependem de um corpo operante e atual. É o corpo que constrói e manifesta o sentido e exemplificamos essa asserção ao analisarmos o Bubelle dress, a D-Tower e a Delight Lamp. Nessas criações, as funções corporais realizam um gesto de convergência para expressar as intencionalidades do sujeito, sem necessidade de representação mental. Identificamos que há a necessidade de existirem princípios norteadores que estruturem as vestimentas, o design e a arquitetura para que os processos associativos deflagrem novas possibilidades de construção e de apropriação do uso do espaço em direção a um novo sentido novo, o qual passa a ter nuances de uma totalidade: movimentos singulares do sujeito se interpenetram para formar uma nova unidade que decorre de intuição e sentimento.
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