Panorama
Geral
Overview
Matheus
Abel Lima de Bitencourt
É
artista visual e mestrando em Processos Artísticos Contemporâneos na UDESC.
Investiga processos de escrita e modos de leitura. Pensa o pensar o processo
enquanto obra
talveztenhaavercomarte@gmail.com - https://orcid.org/0000-0002-2214-4377
Resumo
Panorama Geral
Palavras-chave
Cartografia na arte. Escrita e arte. Artes cênicas. Performance (Arte)
Abstract
Overview.
Keywords: Cartography
in art. Writing and art. Artes cênicas. Performance art
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1808312915252020e0028
Panorama geral
Matheus Abel[1]
Pensado de dentro do arranjo maquínico do dispositivo
diagrama, bem como a partir dele e sobre o mesmo, Panorama
geral sintetiza uma série de imagens produzidas anteriormente, em 2018 e
2019, em uma só. Operando em um dos inúmeros pontos de intersecção entre texto+imagem, verbo+visual, enunciado+visualidade, esse texto-desenho discute o
processo sobre si, investigando sua própria construção e feitura.
Percebe-se o produzir num entre do cansaço e estar cansando,
pontos de onde se desdobram outros momentos do fazer, investigar, errar (desde
a rasura até a errância). Os pontos de intersecção entre dois ou três campos
são deixados em branco – não inexplorados, mas talvez incertos, oscilantes,
aguardando algo que os atravesse ou anule: são vazios e potências, ao mesmo
tempo.
Nada na imagem+texto tende ou pretende a induzir o
olhar de quem vê+lê, afim de
que nada lhe seja entregue mesmo que minimamente pré-elaborado. Tampouco
apresenta alguma metáfora: mas mantém-se aberto para que cada visualizador+leitor use o texto e estabeleça suas próprias
relações. Uma vez que o diagrama trata não apenas do processo de produção em
artes visuais, mas de um dos possíveis processos, assume novamente o
papel da arte, como dito pelo artista conceitual Lawrence Weiner:
sendo uma apresentação, nunca uma imposição; e pelo também conceitual John Baldessari: abundantemente simples e enlouquecedoramente
complexo.
Toda a investigação proposta por
essa série de trabalhos, aqui disposta e organizada em um único panorama, opera
os inúmeros pontos de intersecções entre teoria e prática. Observando
os horizontes de ambos os lados percebo que começam pelo meio, como coloca
Lancri em seu texto-fala, e penso o meio aqui como
ateliê: um ponto inicial de observação das camadas que se sobrepõem; de
mergulho no coeficiente de arte de Duchamp; de
desdobramentos, pensatas, cruzamentos. Ou como propõe
Deleuze, rizomas atemporais, que se conectam e que não têm como fixo de um
ponto e outro, se traça no caminhar e na experiência.
REFERÊNCIAS
ABEL, M. Portfólio Matheus Abel: portfólio a partir da série
Mapas/Esquemas/Diagramas, 2018-2020. {S. l. : s. n.],
maio 2020. ISSUU: matheus.abel . Disponível em:
https://issuu.com/matheus.abel/docs/portf_lio_matheus_abel. Acesso em: 27 jun.
2020.
Ref
[1] Matheus Abel é artista visual e mestrando em Processos Artísticos Contemporâneos na Universidade do Estado de Santa Catarina. Investiga processos de escrita e modos de leitura, propondo relações e tensões via a série de trabalhos mapas/esquemas/diagramas. Pensa o pensar o processo enquanto obra. talveztenhaavercomarte@gmail.com