v. 1 (2022): Cartografias e Metodologias Artísticas
A edição propõe apresentar o tempo e o [co]existir em torno de algumas de nossas clausuras, temporais, políticas, estéticas e existenciais, vividas na contemporaneidade, em tempos de distanciamento social, ocasionada pela pandemia da Covid-19. Os ensaios apresentados nesta edição, comportam experimentações em torno de modos de existir que se configuram para criar outras ficções de vida e/ou outras vidas possíveis. O tempo não é mais o cronológico, mas aquele feito do instante, sem espessura e sem extensão, tecido com e/na intensidade do distanciamento social em uma situação levada ao limite, que nos leva ao impensável. Com isso, pode ser possível de novo repensar aspectos de nossa temporalidade, de nossos modos de viver e existir, pois o limite pode ser uma forma de “ouvir” a loucura que nos encontramos para disparar e conturbar o estranho em nós mesmos. O que partilhamos é a estranheza e a necessidade, testadas e talhadas num processo intempestivo de variações de contextos, de conexões, de associações ziguezagueantes que isso tudo implica.