"Falo para guardar 8 na cabeça e contar nos dedinhos o restante": estratégias de resolução de problemas adotadas pelas famílias durante a pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2357724X09182021067

Palavras-chave:

Ensino remoto, Educação Matemática, Práticas de numeramento

Resumo

Pretendemos analisar, neste paper, saberes matemáticos mobilizados em estratégias de ensino adotadas por mães quando do auxílio nas tarefas escolares, especificamente de seus filhos, matriculados em turmas do ciclo da alfabetização (1º ao 3º ano) de uma escola pública localizada em São Carlos-SP. Fruto de uma pesquisa institucional, em termos de justificativa, destacamos a importância do conhecimento informal dos sujeitos letrados, muitas vezes baseado em ações que permeiam a vida cotidiana. Os dados foram coligidos a partir da abordagem qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas virtuais, devido ao distanciamento social. Os resultados demonstram que estas mulheres-mães, ao que tudo indica, para além do ato da coragem de assumirem mais um afazer, em meio a tantos que se responsabilizam em seus lares, conseguem driblar as dificuldades e recorrem a estratégias fundamentais para pensar matematicamente, mesmo não sendo convencionais. A exemplo da prática de contagem nos dedos (visualização), fazer cálculos "de cabeça" (cálculo mental) e exploração de jogos na internet (recurso à tecnologia), tendências que buscam desenvolver autonomia na aprendizagem. Em síntese, identificar, descrever e analisar qual é o contributo central deste auxílio em casa para a aprendizagem matemática das crianças representa, na leitura interpretativa que fazemos deste momento histórico vivenciado desde 2020, enxergar os espaços dos círculos das "culturas matemáticas" que permeiam os lares brasileiros.

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Biografia do Autor

Brenda Cristina Antunes, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP

Licencianda em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP; Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Integrante do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar). 

Klinger Teodoro Ciríaco, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP

Professor Adjunto do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas - DTPP - do Centro de Educação e Ciências Humanas - CECH - da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da UFMS, Campo Grande-MS. Líder do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar).

Francieli Aparecida Prates dos Santos , Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Instituto de Matemática (INMA)

Mestranda em Educação Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Instituto de Matemática (INMA); Licenciada em Pedagogia pela UFMS, Câmpus Naviraí. Integrante do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar).

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Publicado

2021-10-30

Como Citar

ANTUNES, Brenda Cristina; CIRÍACO, Klinger Teodoro; SANTOS , Francieli Aparecida Prates dos. "Falo para guardar 8 na cabeça e contar nos dedinhos o restante": estratégias de resolução de problemas adotadas pelas famílias durante a pandemia. Revista BOEM, Florianópolis, v. 9, n. 18, p. 67–84, 2021. DOI: 10.5965/2357724X09182021067. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/boem/article/view/18959. Acesso em: 21 nov. 2024.