Jogos de linguagem na alfabetização matemática
DOI:
https://doi.org/10.5965/2357724X07142019022Resumo
Nosso objetivo neste artigo é refletir sobre a constituição linguística do número e suas possíveis consequências no fazer pedagógico da sala de aula. Apoiados no conceito filosófico de jogo de linguagem, de Ludwig Wittgenstein, compreendemos que os conceitos são constituídos linguisticamente e que é na práxis da linguagem que lhes atribuímos sentido. Compreendemos também, que a linguagem desempenha outras funções além da descrição ou comunicação e que o sentido é constituído por meio das regras de uso estabelecidas em enunciados normativos, no que pode ser chamado de uma gramática de usos dos conceitos. Fazemos uma análise descritiva de um episódio de uma aula sobre a escrita numérica em uma turma de alfabetização. Nessa análise, utilizamos o conceito de jogos de linguagem de Wittgenstein como uma ferramenta para compreender as razões de algumas confusões conceituais presentes no ensino do sistema de numeração decimal. Concluímos que ensinar o sistema de numeração decimal consiste em ensinar os vários usos dos signos linguísticos dentro dos jogos de linguagem da matemática e isso pressupõe treinamento de técnicas linguística em que esses signos são fundamentais. Para isso, cabe à professora, na escola, identificar, ampliar e aprofundar o domínio de tais técnicas, mostrando-lhes novas aplicações de uso dos signos, para que constituam novos conceitos e lhe atribuam novos significados, ou seja, ensinar o sistema de numeração é proporcionar uma rica vivência dos signos matemáticos e suas relações com os sistemas de escritas os quais a criança está sujeita a aprender.Downloads
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