Criação-educação artística, deslizamentos relacionais: processos de criação coreográfica em contexto museológico e o seu potencial educativo
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431782022024077%20Palavras-chave:
criação coreográfica, escola-museu, educação-artísticaResumo
A criação coreográfica contemporânea tem, em si, um potencial de multiplicidade, ou seja, capaz de ser um lugar de contínua reconfiguração e deslizamento. Contudo, existe uma estabilidade nos métodos e nos processos de criação coreográfica que corresponde ao aspeto relacional. Onde a obra coreográfica existe na relação entre agentes: público, intérpretes, criadores(as), professores(as), mediadores(as). Este texto propõe pensar e descrever o Projeto Dançar Arte que articula o Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian e a Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. Assim, para além de uma descrição do projeto, nas suas diferentes ramificações e esferas: expositiva, performativa e formativa; pretende expandir e pensar os seus aspetos metodológicos e os seus desdobramentos. Onde, partindo da estética relacional de Nicolas Bourriaud, é possível olhar para a criação enquanto lugar de encontro. E abordar a importância de criar experiências que promovam a aprendizagem e a reflexão através da arte, destacando como esses processos de criação em museus podem estimular o diálogo entre artistas, visitantes e obras. Fundando uma perspetiva colaborativa de criação coreográfica em contexto museológico. Onde, em detrimento de uma figura de poder, associada à autoria de uma obra, é proposto um campo horizontal de relações e orientado um processo de criação-interpretação. Em que o papel da educação artística prende-se com a busca pela singularidade e pelo encontro do mundo interior dos agentes da criação e do mundo exterior das obras potencializando experiências éticas, estéticas e políticas.
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