Jogo da amarelinha: o método-livro e os modos de dizer, sentir e olhar uma cidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781642020242Palavras-chave:
EscreverCOM, Cartografia, Poéticas Urbanas, Método-livroResumo
Trata-se de um artigo oriundo de uma pesquisa-montagem a partir de rastros encontrados na cidade de Porto Alegre (RS) entre 2017 e 2018. Tais rastros compõem-se tanto de escritos urbanos capturados durante o percurso nos muros e paredes da cidade quanto de achados do chão, além de fragmentos de escrita que foram produzidos a partir do encontro dos pesquisadores com os materiais. Assumindo o que chama de método-livro, e tendo como intercessor O jogo da amarelinha (Rayuela) de Julio Cortázar, traça-se uma escrita com as imagens encontradas na rua. As narrativas cartográficas dos deslocamentos inspiram modos de dizer, sentir e olhar as múltiplas paisagens urbanas que se escondem e também se revelam no encontro com uma cidade, em um movimento operado pelo que chama de escreverCOM. O artigo finaliza ensaisticamente com a escrita de um manifesto pelo método-livro, onde são sinalizadas algumas premissas a quem por este também se interesse.
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