A poesia no fazer à mão com elementos da natureza na formação de professores para a Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.5965/244712671122025081Palavras-chave:
Educação Infantil, Argila, Formação Estética, Práticas sustentáveis, Meio AmbienteResumo
Este relato de experiência faz parte de uma proposta pedagógica da disciplina “Atividades Culturais III - Criança e natureza: Experimentações Pedagógicas”, oferecida no curso de Pedagogia da Universidade Federal Fluminense - UFF, em Niterói. Buscamos refletir sobre os elementos da natureza que fazem parte do mundo imediato e suas potencialidades pedagógicas em substituição aos materiais utilizados na Educação Infantil, como o Etileno-Vinil-Acetato (E.V.A), glitter, plásticos, folhas em tamanho A4, e os impactos ambientais no descarte. Em um convite para caminhar pelo campus da universidade, coletamos galhos, coquinhos, vagens, folhas, flores, sementes e cascas de insetos, entre outros, que iriam compor parte de uma composição artística com a argila. Um exercício de alargar olhares acostumados, tornando-os curiosos, cultivando novas maneiras de ver-sentir e interagir com/no mundo, despertando a imaginação e a criação. Imersos na coleta, questionamos como temos vivenciado a natureza no cotidiano da Educação Infantil e a prevalência de atividades voltadas às datas comemorativas. Cultivamos a poesia do fazer à mão e das experiências sensoriais na formação de professores, destacando a valorização de uma estética da ordinariedade (Barros, 2010), feita de fragmentos, pedacinhos de mundo, pessoas desimportantes e desobjetos, revistos e reinventados. Através da sensibilização estética com os elementos da natureza e a argila, defendemos práticas pedagógicas alinhadas aos documentos legais e sustentáveis ao meio ambiente, reforçando a pertinência em oferecer aos professores em formação diferentes experiências pedagógicas e artísticas que ampliam o seu repertório e conhecimento de mundo.
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Referências
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