Relações de poder e arte-educação: corpo/memória como força subversiva na pós-modernidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/24471267732021036

Palavras-chave:

Arte-educação, poder, memória, pós-modernidade

Resumo

 Os regimes de poder imbricados na profusão de imagens no cenário contemporâneo acabam requerendo uma postura mais ativa por parte de arte-educadores no sentido de reclamar seus dizeres e tensionar seus discursos. Assim sendo, a memória e o corpo insurgem como instâncias oportunas para rasurar os essencialismos herdados da modernidade, evidenciando outros modos de ressignificar o trânsito de significados a partir de muitas racionalidades que coexistem no campo simbólico. Destarte, proponho uma análise epistemológica sobre poder-saber, corpo e memória, visando contribuir com problematizações em torno do papel da arte-educação na sociedade pós-moderna.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roney Gusmão, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Doutor em Memória: Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, professor adjunto do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas - CECULT da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB. Foi docente titular e coordenador de pesquisa e extensão da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC. Também participa do grupo de estudos Gênero, Cultura e Diversidade - GENUS e dos Grupos de Pesquisas Memória, Espaço e Culturas - MESCLAS e Formação e Investigação em Práticas de Ensino - FIPE, também desenvolve atividades de pesquisa e extensão articuladas aos referidos grupos, atuando principalmente nos seguintes temas: memória, cultura, ensino, pós-modernidade, gênero, espaço urbano.

Referências

BARBOSA, A. M. A imagem no ensino de arte: anos 1980 e os novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2014.

BARBOSA, A. M. Uma introdução à arte/educação contemporânea. In: BARBOSA, A. M. Arte/educação contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo: Cortez, 2010, p. 11-24.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BERGSON, H. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: WMF Martins fontes, 2021.

BERGSON, H. Memória e vida. São Paulo: WMF Martins fontes, 2019.

BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BUTLER, J. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

CONNERTON, P. Como as sociedades recordam. Oeiras: Ed. Celta, 1999.

DELEUZE, G. Bergsonismo. São Paulo: Editora 34, 2012.

DEWEY, J. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

DREYFUS, H. L.; RABINOW, P. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

FOUCAULT, M. História da sexualidade: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988. v. 1.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. São Paulo: Paz e Terra, 2021.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2014.

GREINER, C. O corpo em crise: novas pistas e o curto-circuito das representações. São Paulo: Annablume, 2010.

HAESBAERT, R. Território e descolonialidade: sobre o giro (multi) territorial/ de(s)colonial na América Latina. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO; Niterói: Programa de Pós-graduação em Geografia: UFF, 2021. Disponível em http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20210219014514/Territorio-decolonialidade.pdf acesso em 08 ago. 2021.

HOFFMAN, M. O poder disciplinar. In: TAYLOR, D. (org.). Michel Foucault: conceitos fundamentais. Petrópolis: Vozes, 2018, p. 41-57.

HOOKS, B. A língua: ensinando novos mundos/novas palavras. In: HOOKS, B (org.). Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: Martins e Fontes, 2013, p. 223-234.

JAMESON, F. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 2000.

MAFFESOLI, M. Notas sobre a pós-modernidade: o lugar faz o elo. Rio de Janeiro: Atlântica Ed., 2004.

MOREIRA, J. A. S. O corpo jovem como território e o uniforme escolar como fronteira: o poder velado e suas territorialidades. In: MAIA, C. E. S. et al. (orgs.). Corpos cobertos desnudando espacialidades: vestimenta, roupa, traje, fantasia e moda na geografia. Jundiaí: Paco Editorial, 2021, p. 79-110.

ROSSI, A. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins e Fontes, 2001.

TAYLOR, C. Biopoder. In: TAYLOR, D. (org.). Michel Foucault: conceitos fundamentais. Petrópolis: Vozes, 2018, p. 58-75.

VEIGA-NETO, A; SARAIVA, K. Educar como arte de governar. Currículo sem Fronteiras, v.11, n.1, Jan/Jun 2011, p. 5-13. Disponível em https://biblat.unam.mx/hevila/CurriculosemFronteiras/2011/vol11/no1/1.pdf acesso em 09 ago. 2021.

WILSON, B; WILSON, M. Uma visão iconoclasta das fontes de imagem nos desenhos de crianças. In: BARBOSA, A. M. Arte-educação: leituras no subsolo. São Paulo: Cortez, 2005, p. 59-78.

Downloads

Publicado

2022-03-08

Como Citar

GUSMÃO, Roney. Relações de poder e arte-educação: corpo/memória como força subversiva na pós-modernidade. Revista Apotheke, Florianópolis, v. 7, n. 3, 2022. DOI: 10.5965/24471267732021036. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/apotheke/article/view/20839. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção temática