Aporia narrativa e humorismo em Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues

Autores

  • Elen de Medeiros Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103302017014

Resumo

Este artigo propõe uma leitura da estrutura dramática de Boca de Ouro (1959), de Nelson Rodrigues, a partir de procedimentos utilizados pelo autor, tais como a não-presença e o humorismo. Na peça, o dramaturgo coloca em evidência a volubilidade na reconstituição da memória ao projetar à cena três versões diferentes de Boca de Ouro, bicheiro carioca. Sua imagem se constitui miticamente à medida que avança a narrativa movente de suas facetas pela voz de sua ex-amante. Ao reelaborar a descrição do protagonista, o autor estabelece um jogo dramatúrgico igualmente movente, que não se preocupa em responder às lacunas da fábula, compondo assim uma aporia narrativa. 

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Biografia do Autor

Elen de Medeiros, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG

Professora de Literatura e Teatro na Faculdade de Letras da UFMG. Doutora em Teoria e Históira Literária pela Unicamp.

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Publicado

2017-12-18

Como Citar

MEDEIROS, Elen de. Aporia narrativa e humorismo em Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 30, p. 0014–023, 2017. DOI: 10.5965/1414573103302017014. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573103302017014. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Fluxo Continuo