Dos paratextos como “protocolos de leitura” na tradução de clássicos: o caso de Romeu e Julieta (1940)

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DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102352019149

Palavras-chave:

Romeu e Julieta, Onestaldo de Pennafort, Tradução teatral, Paratextos editoriais, Protocolos de leitura

Resumo

Tendo como fontes primordiais a Introdução e as Notas da primeira tradução brasileira em livro de Romeu e Julieta, feita por Onestaldo de Pennafort e publicada em 1940 por iniciativa do Ministério da Educação e Saúde, este artigo discute o sentido e as estratégias desses paratextos editoriais no seio de um projeto estatal de tradução de clássicos do teatro. A partir desse estudo de caso, objetiva-se demonstrar como paratextos podem atuar de maneira contundente como protocolos de leitura, configurando-se como escritos que podem orientar a experiência de leitura de traduções, operando como dispositivos mediadores nesse complexo processo.

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Biografia do Autor

Henrique Brener Vertchenko, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutorando em História pela UFMG. Mestre (2016) e licenciado (2010) em história pela mesma instituição e técnico em arte dramática pelo Centro de Formação Artística (CEFAR) da Fundação Clóvis Salgado (2012).  Em 2016 defendeu dissertação intitulada 'A Fabricação do Teatro Brasileiro Moderno: Vestido de Noiva e a crítica teatral (1928-1948)'. 

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Publicado

2019-09-20

Como Citar

VERTCHENKO, Henrique Brener. Dos paratextos como “protocolos de leitura” na tradução de clássicos: o caso de Romeu e Julieta (1940). Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 35, p. 149–162, 2019. DOI: 10.5965/1414573102352019149. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573102352019149. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático - Sobre a Tradução no Teatro: abordagens histórico-culturais