O historiador com CNPJ: depressão, mercado de trabalho e história pública
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180312302020e0204Resumo
Historiadoras e historiadores têm enfrentado uma nova série de tensões na tentativa de justificar o trabalho que realizam. Projetos legislativos, discursos políticos, cortes no financiamento de instituições públicas e privadas, todos eles originam uma situação cada vez mais dificultosa para a prática acadêmica. Não por acaso, os casos de depressão e problemas psicológicos na graduação e pós-graduação começaram a ganhar destaque no debate público. Ao mesmo tempo, temos visto também o crescimento da preocupação com a maneira pela qual historiadoras e historiadores podem legitimar perante a sociedade o que fazem. Uma dessas maneiras é a história pública. A partir dessa situação, o objetivo desta contribuição é defender a necessidade de uma discussão mais ampla sobre trabalho e relações trabalhistas no âmbito da história. Assim, propõe-se que os cursos de graduação e pós-graduação em história assumam postura ativa e, até mesmo, propositiva frente ao mercado de trabalho, através da reconfiguração da identidade profissional de historiadoras e historiadores que a história pública oferece. Dessa maneira, considera-se que a história pública tem papel fundamental para encontrar brechas que permitam superar o diagnóstico concomitante do aumento dos casos de depressão e ausência de perspectivas profissionais, de modo a repensar o que as historiadoras e historiadores fazem.
Palavras-chave: História Pública. Mercado de Trabalho. Depressão Mental.
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