AVALIAÇÃO DO PRÉ-TRATAMENTO OSMÓTICO COM CLORETO DE SÓDIO E DIFERENTES TEMPOS SOBRE A SECAGEM DA ABÓBORA CABOTIÁ

Autores

  • Suelen Cristina Mai Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Giane Beatriz Friedrich Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Charlise Fonseca Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Silvana Menoncin Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Raquel Zeni Ternus Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Francieli Dalcanton Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Palavras-chave:

Desidratação osmótica, perda de massa, abóbora, pré-tratamento

Resumo

A abóbora Cabotiá possui importância econômica relevante, além de ser uma ótima opção de alimento com propriedades organolépticas agradáveis ao consumidor. A vida útil deste fruto é maior quando comparada a outras espécies, porém, para produção de derivados o teor de agua é um fator a ser estudado devido a possíveis perdas quanto a conservação destes produtos. Alguns pré-tratamentos, como a desidratação osmótica podem ser utilizados nas indústrias como alternativas de redução de água. Por isto, este trabalho teve como objetivo realizar a desidratação osmótica da abóbora Cabotiá, variando-se a concentração de cloreto de sódio (NaCl) e o tempo de imersão. Para isto, empregou-se um planejamento fatorial completo 22, sendo variáveis independentes o tempo (30 e 60 min) de imersão em solução osmótica e concentração de cloreto de sódio (1% e 3% m/V) obtendo-se como resposta a perda de massa do produto. Os dois parâmetros estudados foram significativos, sendo que na maior concentração de NaCl e no menor tempo obteve-se os maiores resultados para perda de massa.  O uso da desidratação osmótica como um pré-tratamento resulta em maior vida útil do produto, sendo que a utilização do cloreto de sódio mantem ou melhora o sabor do produto processado.

Biografia do Autor

Suelen Cristina Mai, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Giane Beatriz Friedrich, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Charlise Fonseca, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Silvana Menoncin, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Raquel Zeni Ternus, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Francieli Dalcanton, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Referências

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Publicado

2015-10-01