Perspectivas de alunos de Bacharelado em Piano quanto ao uso do software MIROR- Impro para desenvolvimento de improvisação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530404022019079

Palavras-chave:

Educação Musical e Tecnologias Digitais, Feedback, Improvisação, Pedagogia do Piano, Sistemas Musicais Reflexivos Interativos

Resumo

Estudos de pesquisa recentes forneceram evidências sobre os benefícios do uso de tecnologia, quando utilizada, para aprimorar os aspectos específicos na aprendizagem de instrumento e canto, no contexto de aulas individuais. A aplicação de tecnologia pode gerar tipos de feedback adicionais ao provido pelo professor, comumente encontrado em aulas individuais. Tipos de feedback adicionais seja visual em tempo real ou visual combinado com auditivo em tempo posteriori aumentam a consciência do aluno sobre seu processo de aprendizagem. A improvisação é uma prática comum entre os licenciandos, pois é uma das habilidades funcionais essenciais para a atuação com professores na escola básica. No entanto, a improvisação pode ser um desafio para os bacharelandos, que têm o piano como instrumento principal em aulas individuais em que o foco está na interpretação pianística de repertório solo de diferentes períodos. O objetivo desta pesquisa é investigar o desenvolvimento da improvisação com alunos regulares do curso de Bacharelado em Piano de uma instituição de ensino superior brasileira, com o uso da interação reflexiva com o software MIROR-Impro. Dois alunos de bacharelado tiveram duas sessões com tecnologia registradas em vídeo; duas entrevistas semiestruturadas foram conduzidas a fim de compreender as perspectivas dos alunos quanto ao uso dessa tecnologia. Os relatos dos bacharelandos auxiliam na compreensão sobre a aplicação do software MIROR-Impro, destacando seus benefícios e suas limitações, para o desenvolvimento de improvisação em instrumentos de teclado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciana Hamond, UDESC

Professora da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec-RJ), Brasil. Doutora pelo Institute of Education-UCL, University College London (Reino Unido), com Bolsa Doutorado Pleno no Exterior pela Capes. Realizou pós-doutorado na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Brasil.

Anna Rita Addessi, Universidade de Bologna

Professora associada em Musicologia. Professora de Metodologia de Educação Musical e de Educação Sonora na Escola de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Bolonha (Itália). Doutora em Musicologia. Realizou Pós-Doutorado em Psicologia da Música pela Universidade de Bolonha.

Referências

ADDESSI, A. R. Developing a theoretical foundation for the reflexive interaction paradigm with implications for training music skill and creativity. Psychomusicology: Music, Mind, and Brain, v. 24, n. 3, p. 214-230, 2014.

ADDESSI, A. R.; FERRARI, L.; CARUGATI, F. The Flow Grid: A technique for observing and measuring emotional state in children interacting with a flow machine. Journal of New Music Research, v. 44, n. 2, p. 129-144, 2015.

ADDESSI, A. R.; ANELLI, F.; BENGHI, D.; FRIBERG, A. Child–Computer interaction at the beginner stage of music learning: effects of reflexive interaction on children’s musical improvisation. Frontiers in Psychology, v. 8, n. 65, p. 1-21, 2017.

ADDESSI, A. R.; BONFIGLIOLI, L. Interação reflexiva como paradigma transversal para a criatividade, educação musical e musicoterapia (Tradução: Rosane Cardoso de Araújo). Orfeu, v. 2, n. 2, p. 175-199, 2017.

BANDURA, A. Self-efficacy: the exercise of control. New York: W. H. Freeman and Company, 1997.

BANTON, L. J. The role of visual and auditory feedback during the sight-reading of music. Psychology of Music, v. 23, n. 1, p. 3-16, 1995.

BEINEKE, V. Composição em sala de aula: como ouvir as músicas que as crianças fazem? In: HENTSCHKE, L.; SOUZA, J. (org.). Avaliação em música: reflexões e práticas. São Paulo: Moderna, 2003. p. 91-105.

BEINEKE, V. Aprendizagem criativa na escola: um olhar para a perspectiva das crianças sobre suas práticas. Revista da Abem. Londrina, v. 19, n. 26, p. 92-104, 2011.

BRAA, K.; VIDGEN, R. Interpretation, intervention, and reduction in the organizational laboratory: a framework for in-context information system research. Accounting, Management and Information Technologies, v. 9, n. 1, p. 25-47, 1999.

BRAUN, V.; CLARKE, V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2008.

BURWELL, K. Instrumental teaching and learning in Higher Education. Thesis (PhD) – University of Kent, Canterbury, 2010.

CERNEV, F. K. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: uma perspectiva metodológica para o ensino de música. Revista da Abem, v. 26, n. 40, p. 23-40, 2018.

CHRISTENSEN, L. A survey of the importance of functional piano skills as reported by band, choral, orchestra, and general music teachers. Dissertation (Doctor of Philosophy) – University of Oklahoma, Norman, 2000.

COSTA, C. W. The Teaching of Secondary Piano Skills in Brazilian Universities. Dissertation (Doctoral) – University of Florida, Florida, 2003.

DUCATTI, R. H. A composição na aula de piano em grupo: uma experiência com alunas do curso de Licenciatura em Artes/Música. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.

FINNEY, S. A.; PALMER, C. Auditory feedback and memory for music performance: sound evidence for an encoding effect. Memory & Cognition, v. 31, n. 1, p. 51-64, 2003.

FRANÇA, C. C.; SWANWICK, K. Composição, apreciação e performance na educaçãomusical: teoria, pesquisa e prática. Em Pauta, v. 13, n. 21, p. 5-41, 2002.

GLASER, S.; FONTERRADA, M. Músico-professor: uma questão complexa. Música Hodie, v. 7, n. 1, p. 27-49, 2007.

GUBA, E. G. Criteria for assessing the trustworthiness of naturalistic inquiries. Educational Communication and Technology, v. 29, n. 2, p. 75-91, 1981.

HAMOND, L. F. The pedagogical use of technology-mediated feedback in a higher education piano studio: an exploratory action case study. Thesis (PhD) – Institute of Education, University College London, London, 2017. (Unpublished)

HATTIE, J.; TIMPERLEY, H. The power of feedback. Review of Educational Research, v. 77, n. 1, p. 81-112, 2007.

HIMONIDES, E. The misunderstanding of music-technology-education: a meta perspective. In: MCPHERSON, G.; WELCH, G. (eds.). The Oxford Handbook of Music Education, v. 2, p. 433-456, Oxford: Oxford University Press, 2012.

KING, A. Collaborative learning in the music studio. Music Education Research, v. 10, n. 3, p. 423-438, 2008.

MACHADO, S. G. A presença do piano em grupo em instituições de ensino superior no Brasil. Revista Orfeu, v. 1, n. 1, p. 132-155, jan./junho 2016.

OLIVEIRA, M. A. W.; CERESER, C. M. I.; HENTSCHKE, L. Tecnologias de informação e comunicação na educação musical: um estudo de crenças de auto eficácia de professores de música no Brasil. Percepta: Revista de Cognição Musical, v. 3, n. 2, p. 81-99, 2016.

PACHET, F. Enhancing individual creativity with interactive musical reflexive systems. In: DELIÈGE, I.; WIGGINS, G. (eds.). Musical creativity: current research in theory and practice. New York: Psychology Press, 2006. p. 359-375.

PIKE, P. Dynamic group-piano teaching: transforming group theory into teaching pratice. New York, London: Routledge, 2017.

PSCHEIDT, J. F.; ARAÚJO, R. C.; ADDESSI, A. R. Interação reflexiva e criatividade musical empática. In: ARAÚJO, R. (org.) Educação musical: criatividade e motivação. Curitiba: Appris, 2019. p. 132-149.

ROCHA, J. L. S. Aprendizagem criativa de piano em grupo. São Paulo: Blucher, 2016.

SAVAGE, J. Reconstructing music education through ICT. Research in Education, v. 78, n. 1, p. 65-77, 2007.

SIEBENALER, D. J. Analysis of teacher-student interactions in the piano lessons of adults and children. Journal of Research in Music Education, v. 45, n. 1, p. 6-20, 1997.

SPEER, D. R. An analysis of sequential patterns of instruction in piano lessons. Journal of Research in Music Education, v. 42, n. 1, p. 14-26, 1994.

WEBSTER, P. R. Key research in music technology and music teaching and learning. Journal of Music, Technology and Education, v. 4, n. 2/3, p. 115-130, 2011.

WELCH. G. F. Os equívocos a respeito da música. Trad. Silvia Sobreira e Marcelo Almeida Sampaio. In: SOBREIRA, S (org.). Se você disser que eu desafino. Rio de Janeiro: UNIRIO, Instituto Villa-Lobos, 2017. p. 13-62.

WELCH, G. F.; HOWARD, F. M.; HIMONIDES, E.; BRERETON, J. Real-time feedback in the singing studio: an innovatory action-research project using new voice technology. Music Education Research, v. 7, n. 2, p. 225-249, 2005.

WÖLLNER, C.; WILLIAMON, A. An exploratory study of the role of performance feedback and musical imagery in piano playing. Research Studies in Music Education, v. 29, n. 1, p. 39-54, 2007.

Downloads

Publicado

2019-12-20

Como Citar

HAMOND, Luciana; ADDESSI, Anna Rita. Perspectivas de alunos de Bacharelado em Piano quanto ao uso do software MIROR- Impro para desenvolvimento de improvisação. Orfeu, Florianópolis, v. 4, n. 2, p. 79–103, 2019. DOI: 10.5965/2525530404022019079. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/1059652525530404022019079. Acesso em: 28 mar. 2024.