Exigência de proteína bruta para codornas europeias

Autores

  • Carlos Eduardo Belinghausen Merseguel Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
  • Maria Fernanda de Castro Burbarelli Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-8079-2890
  • Gustavo do Valle Polycarpo Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho”, Dracena, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-6282-3297
  • Roberto de Andrade Bordin Faculdade de Tecnologia Estadual, Mogi das Cruzes, SP, Brasil.
  • Maria Estela Gaglianone Moro Universidade de São Paulo, Pirassununga, SP, Brasil.
  • Ricardo Albuquerque Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711832019323

Palavras-chave:

codorna de corte, desempenho, exigência nutricional, proteína bruta, qualidade de carcaça.

Resumo

A precisão no atendimento das exigências nutricionais é de grande importância na produção de codornas, porém há ausência de consenso quanto às recomendações de proteína bruta (PB) para codornas de linhagens específicas para corte. O presente estudo teve como objetivo determinar a exigência de PB para codornas europeias sobre o desempenho e sobre as características de carcaça. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 × 2, sendo cinco níveis de PB para machos e fêmeas. Na fase inicial (1 a 21dias), foram utilizadas 1.800 codornas e níveis de PB de 20,0, 22,5, 25,0, 27,5 e 30,0%, com seis repetições contendo 30 aves cada. Na fase de crescimento (22 a 45 dias), foram usadas 1.620 codornas e níveis de PB de 17,5, 19,5, 22,0, 24,5 e 27,0%, com seis repetições contendo 27 aves cada. As dietas foram fareladas a base de milho e farelo de soja. O desempenho das codornas foi avaliado ao final de cada período, e o rendimento de carcaça no 45º dia. Aos 21 dias houve maior ganho de peso e melhor conversão alimentar, independentemente do sexo, com 25,50% e 27,06% de PB, respectivamente. No período de 22 a 45 dias, observou-se somente efeito do sexo, sendo que as fêmeas obtiveram desempenho superior. Com relação às características de carcaça, os machos obtiveram maior rendimento de carcaças (quente, fria e dorso); já as fêmeas, apresentaram maior rendimento de cortes (peito, moela e fígado).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Belinghausen Merseguel, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo FMVZ USP.

Maria Fernanda de Castro Burbarelli, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo FMVZ USP

Gustavo do Valle Polycarpo, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho”, Dracena, SP, Brasil.

Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, Campus Dracena - SP.

Maria Estela Gaglianone Moro, Universidade de São Paulo, Pirassununga, SP, Brasil.

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo - FZEA USP.

Ricardo Albuquerque, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo FMVZ USP

Referências

ALETOR VA et al. 2000. Low protein amino acid-supplemented diets in broiler chickens: Effects on performance, carcass characteristics, whole- body composition and efficiencies of nutrient utilization. Journal of the Science of Food and Agriculture 80: 547-554.

BREGENDAHL K et al. 2002. Effect of low-protein diets on growth performance and body composition of broiler chicks. Poultry Science 81: 1156-1167.

CARON N et al. 1990. Mass selection for 45-day body weight in Japanese quail: selection response, carcass composition, cooking properties, and sensory characteristics. Poultry Science 69: 1037-1045.

CORRÊA AB et al. 2007. Exigências em proteína bruta para codornas de corte EV1 em crescimento. Arquivo Brasileiro Medicina Veterinária Zootecnia 59: 1278-1286.

CORRÊA GSS. 2006. Exigências nutricionais de diferentes grupos genéticos de codornas de corte. Tese (Doutorado em Produção Animal). Belo Horizonte: UFMG. 175p.

CORRÊA GSS et al. 2008. Exigência de proteína bruta e energia metabolizável em codornas de corte durante a fase de crescimento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 59: 488-495.

DUMONT MA et al. 2017. Crude protein in diets of european quails. Ciência Animal Brasileira 18: 1-12.

FERREIRA F et al. 2014. Características de carcaça de codornas de corte EV1 alimentadas com diferentes níveis de metionina+cistina total. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 66: 1855-1864.

FRIDRICH AB et al. 2005. Exigência de proteína bruta para codornas europeias no período de crescimento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 57: 261-265.

MARCARI M et al. 2002. Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte. 2.ed. Jaboticabal: FUNEP. 230p.

MARKS HL. 1993. The influence of dietary protein level on body weight of japanese quail lines selected under high- and low-protein diets. Poultry Science 72: 1012-1017.

NRC. 1994. National Research Council. Nutrient requirements of domestic animals. 9.ed. Washington: National Academy Press. 176p.

OGUZ I et al. 1996. Body weights, carcass characteristics, organ weights, abdominal fat and lipid content of liver and carcass on two lines of japanese quail (Coturnix coturnix japonica), unselected and selected for four week body weight. British Poultry Science 37: 579-588.

OLIVEIRA EG et al. 2002. Desempenho produtivo de codornas de ambos os sexos para corte alimentadas com dietas com quatro níveis protéicos. Archives of Veterinary Science 7: 75-80.

OTUTUMI LK et al. 2009. Efeito do probiótico sobre o desempenho, rendimento de carcaça e exigências nutricionais de proteína bruta de codornas de corte. Revista Brasileira de Zootecnia 38: 299-306.

RAJINI RA & NARAHARI D. 1998. Dietary energy and protein requirements of growing Japanese quails in the tropics. Indian Journal of Animal Sciences 68: 1082-1086.

REZENDE MJM et al. 2004. Desempenho produtivo e biometria das vísceras de codornas francesas alimentadas com diferentes níveis de energia metabolizável e proteína bruta. Acta Scientiarum Animal Sciences 26: 353-358.

RIBEIRO TLA et al. 2016. Diferentes níveis de proteína e energia sobre o comportamento fisiológico e desempenho de codornas europeias no semiárido brasileiro. Journal of Animal Behaviour and Biometeorology 4: 76-83.

ROSTAGNO HS et al. 2005. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 2.ed. Viçosa: UFV. 488p.

SILVA JHV & COSTA FGP 2009. Tabela para codornas japonesas e europeias. 2.ed. Jaboticabal: FUNEP. 110p.

SAS. 2012. Statistical Analysis System. SAS Online Doc. Version 9.1.3. Cary: SAS Institute.

SUIDA D. 2001. Formulação por proteína ideal e consequências técnicas, econômicas e ambientais. In: Simpósio Internacional de Nutrição Animal: Proteína Ideal, Energia Líquida e Modelagem, 1. Santa Maria. Anais... p.27-43.

TABOADA P. 1998. Efectos del sexo sobre los rendimientos en la codorniz japonesa (Coturnix coturnix japonica) y la composición química de su carne. Revista Cubana de Ciencia Avícola 22: 19-24.

VELOSO RC et al. 2012. Níveis de proteína bruta e energia metabolizável em uma linhagem de codorna de corte. Acta Scientiarum Animal Sciences 34: 169-174.

WEN ZG et al. 2017. Effects of low-protein diets on growth performance and carcass yields of growing French meat quails (France coturnix coturnix). Poultry Science 96: 1364-1369.

Downloads

Publicado

2019-07-30

Como Citar

MERSEGUEL, Carlos Eduardo Belinghausen; BURBARELLI, Maria Fernanda de Castro; POLYCARPO, Gustavo do Valle; BORDIN, Roberto de Andrade; MORO, Maria Estela Gaglianone; ALBUQUERQUE, Ricardo. Exigência de proteína bruta para codornas europeias. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 3, p. 323–330, 2019. DOI: 10.5965/223811711832019323. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/12120. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Animais e Produtos Derivados